quinta-feira, 29 de abril de 2010

A DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO NO BRASIL

       Você já parou para pensar o que significa democratizar a comunicação?
    Se você acredita que refletir sobre isso não é importante, saiba que está enganado. A introdução do rádio em território brasileiror, por exemplo, remonta o centenário da independência, 07 de setembro de 1922, baseada na ideologia liberal-conservadora, que objetiva a manutenção da exploração da maioria da população pela classe detentora do poder econômico e simultaneamente do aparelho do estado.Caso semelhante foi o da introdução das emissoras de televisão em território brasileiro, só para citar, lembremos do enorme apoio que as Organizações Roberto Marinho tiveram do governo militar durante o periodo da ditadura brasileira.
       Para que haja democracia numa sociedade, é necessário que haja democracia também no exercício do poder de comunicação. Será somente através da democracia que poderemos ter atendidas questões ligadas a integridade social e a superação das divisões sociais e discriminações.
      Democracia implica na soberania popular e na distribuição igualitária dos poderes. Sendo os meios de comunicação parte integrantes desses poderes.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Elevadores Sociais

     Se não por preconceito e/ou discrininação não existiria, por exemplo, elevador de serviço. O preconceito discrimina os seres humanos seja pela cor da sua pele, pela sua posição social, por sua religiosidade ou por sua orientação sexual. Somos herdeiros de uma sociedade aristocrata. Afinal de contas éramos parte do império português.

     Desde a nossa origem houve exclusão social, discriminação, preconceito e desrespeito. Seja ao nativo ou ao negro que veio da África para ser transformado em escravo. Todos vistos e tratados como seres inferiores. Ah! Quanto ao negro, nem gente era considerado.
     Fomos civilizados através da violência, do medo, do desrespeito, da morte. Basta lembrarmos o fatídico caso do índio Galdino. “Confundido” como mendigo por seus assassinos. Ou, ainda, o caso da empregada doméstica que foi agredida por um grupo de jovens, assim como os do outro episódio, os assassinos eram filhos da classe média; eles pensaram que se tratava de uma prostituta.


     Vivemos em uma sociedade onde o ter é mais significativo do que o ser. A quantidade de dinheiro que alguém possui determina a forma como ela poderá ser aceita socialmente.
     Em alguns casos o preconceito é resultado da ação tanto do brando quanto do negro sobre o próprio em negro. Não são raros casos de negros (as) que quando conseguem ascensão social são tão preconceituosos quanto alguém de cor branca. O que se sobrepõe é o status, não existindo uma identidade étnico-racial forte e arraigada em alguns afro-brasileiros. Caracterizando-se, assim,a continuidade da luta pela equidade.

Voto e os Meios de Comunicação de Massa

     O termo coronelismo foi criado por Victor Nunes Leal, no livro: Coronelismo: enxada e voto, de 1949. O coronel era o chefe político de um determinado município e recebia esse titulo como oficial da Guarda Nacional, criada no século XIX. Este representava o poder político local, através de um sistema de troca de favores e compromissos com as províncias e a União.
     O voto passou a ser utilizado como moeda de troca dos coronéis, o chamado voto de cabresto, que inicialmente era aberto e depois passou a ser secreto. Mas, mesmo sendo secreto, fazia com que os trabalhadores votassem no candidato do coronel, uma vez que havia uma dependência muito grande deste trabalhador em relação aos coronéis, sem contar que a conferência dos votos criava uma situação de obrigatoriedade.

     Assim, os coronéis municipais elegiam seus candidatos e se aliavam ao poder estadual, representados principalmente pelos governadores e posteriormente ao Governo Federal, caracterizando, por fim, uma rede de favores.
     Por sua vez a denominação coronelismo eletrônico designa a utilização das concessões de radiodifusão como moeda de negociação política. Este coronelismo é um fenômeno do Brasil urbano, que resulta da escolha que a União fez, ainda nos anos 30, da exploração dos serviços públicos de rádio e TV a empresas privadas, concedendo a elas outorgas.
    No novo coronelismo, o voto, continua sendo utilizado como moeda de troca. Porém, não mais tendo como base a terra, mas o controle da informação, que é capaz de influenciar a opinião pública, caracterizando-se, desta forma, por ser uma prática antidemocrática e enfraquecedora dos direitos dos cidadãos.