domingo, 7 de março de 2010

Breve histórico dos negros(as) no Brasil

     A história dos negros no Brasil começa com o seu seqüestro na África. Portugal incentivava conflitos entre as tribos africanas, pois nesses embates o vencedor aprisionava os vencidos para serem vendidos a pátria lusitana. A preferência era por homens novos (fortes) e que não falassem o mesmo dialeto, pois quase sempre eram de tribos rivais, com o propósito de que eles não pudessem se entender e conseqüentemente arquitetar revoltas e fugas. Ou seja, antes homens e mulheres livres, porém, depois que foram obrigados a abandonar sua pátria foram transformados em escravos, passando a ser considerados como uma mercadoria qualquer.

     A “libertação” aconteceu no dia 13 de maio de 1888, quando a Princesa Isabel assinou a lei Áurea (lei de ouro). Acabava legalmente a escravidão. Isso por pressão internacional! Os negros estavam finalmente libertos. Agora, o que fazer com a liberdade? Onde iriam morar?Onde iriam trabalhar? As lavouras, antes cultivadas por mãos negras, passaram a ser, manuseadas por trabalhadores assalariados europeus. E os negros? Ficaram entregues a “sua própria sorte”, uma vez que não houve preocupação por parte do governo brasileiro de realizar políticas públicas para contribuir para o processo de cidadania dessa parcela da população. Continuava o abandono social. Sem moradia, sem emprego e sem perspectiva de vida muitos negros (as) passaram a mendigar ou a realizar trabalhos subalternos.
    Os anos passaram, porém a exclusão social continua. E, prova disso está nas atividades desenvolvidas por esses cidadãos ao longo do tempo. Os homens negros de uma forma geral exercem a função de pedreiro, carregadores, seguranças, estivadores e outros. Já as negras trabalham como domesticas ou babás. Como se vê, os (as) negros (as) continuam fazendo praticamente os mesmos trabalhos que faziam quando eram escravos. São poucos os conseguem chegar ao curso superior e concluí-lo. Quando conseguem, tornam-se exceção diante da maioria esmagadora de exclusos sociais.