sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A CIDADANIA E O NOSSO COTIDIANO

   A história do Brasil começa em 1.500, com achegada dos portugueses - o que deu início ao processo de dominação específico do novo sistema sociopolítico que imperou no século XVI. Nele, a cidadania (simboliza um individuo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade), não contemplava a maioria da população.
   A sociedade colonial caracterizou-se na estrutura produtiva do latifúndio e na utilização de mão de obra escrava indígena e/ou africana. Desta forma podemos identificar dois fenômenos sociológicos e demarcar o início da negação da cidadania naquela época. Juntamente aos nativos (índios) e africanos, somava-se a parcela dos excluídos a população branca de baixa renda. Esses eram os “homens bons” do período colonial.
   A independência do Brasil em 1822, infelizmente não mudou as estruturas políticas, econômicas e sociais. Ou seja, a mesma elite se manteve no poder, agora, coordenando o novo país, porém com o mesmo ideal de dominação e exploração. Passamos por diversas estruturas ou sistemas políticos como o coronelismo, o populismo, o regime militar e em 1985 o regime democrático, porém a cidadania plena não acompanhou as mudanças políticas e civis.
   Ao longo da nossa história podemos evidenciar situações de abandono social, preconceito, desemprego, intolerância, desigualdade social, analfabetismo... caracterizando-se por fim em uma história de desrespeito aos direitos humanos ( teve seu reconhecimento formal com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 1948 pela Organização das Nações Unidas –ONU ), que infelizmente parece estar longe de um final feliz.
   Essa intolerância marcante em nossa sociedade é fruto da construção histórica de nosso país, como vimos acima. Por outro lado, a tolerância social define a capacidade de uma pessoa ou grupo social de aceitar, noutra pessoa ou grupo social, uma atitude diferente das que são a norma no seu próprio grupo. Numa concepção moderna é também a atitude pessoal e comunitária face a valores diferentes daqueles adotados pelo grupo de pertença original. Ou seja, o respeito às diferenças é fundamental para o bom convívio social.

OS DIREITOS HUMANOS E A CIDADANIA

   Enquanto você lê os tópicos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, vá comparando com seus próprios dados de realidade a pratica da cidadania no mundo em geral e no Brasil em particular:
• Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos;
• Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado;
• Todo homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa;
• Todo homem tem direito a alimentação, vestuário, habitação e cuidados médicos;
• Todo homem tem direito à vida, à liberdade e segurança pessoal;
• Todo homem tem direito ao trabalho e à livre escolha de emprego;
• Todo homem tem direito à segurança social;
• Todo homem tem direito de tomar parte no governo de seu país;
• Todo homem tem direito a uma ordem social em que seus direitos e liberdades possam ser plenamente realizados;
• Todo homem tem direito de ser reconhecido como pessoa perante a lei;
• Todo homem tem direito tem direito à instrução.

Considerações finais:
   A cidadania está diretamente ligada aos direitos humanos, uma longa e penosa conquista da humanidade alcançada em 1948.
   Embora a palavra cidadania possa ter vários significados, atualmente sua essência é única: significa o direito de viver decentemente.
   Um indicador do grau de cidadania de uma nação é o tratamento que se dá as crianças e aos idosos. Crianças e idosos são os dois extremos frágeis de uma sociedade. Uma sociedade que não respeita suas crianças e seus idosos põe em risco a vida de cada pessoa em particular.
   A palavra tolerância é oriunda do latim tolerare - sustentar, suportar.
   A tolerância social é uma atitude de uma pessoa ou de um grupo social diante daquilo que é diferente de seus valores morais ou de suas normas.

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